27 de dezembro de 2025

Palmela

Numa região habitada desde os tempos do Neolítico superior e por onde passaram povos tão diversos como os celtas, romanos e árabes, Palmela foi palco de lutas e conquistas, tendo sido integrada no território português numa primeira fase por D. Afonso Henriques em 1147 e mais tarde voltando ao reino português depois de perdida por um breve período para o califado que dominava a região quando os limites do território nacional não estavam ainda definidos como atualmente. Seria D. Sancho I em 1201 que fixaria a região de Palmela como pertença do reino português.

Dada a sua localização estratégica, Palmela foi durante muito tempo uma zona de elevada importância a todos os níveis contudo, com o passar dos anos e consequente paz estabelecida a nível nacional, Palmela deixou de ser considerada um ponto estratégico fundamental para garantir a defesa do território. 

Hoje, é sede de município dentro do distrito de Setúbal, sendo uma vila agradável, onde se destaca o castelo que se eleva a cerca de 235 metros acima do nível do mar, o que permite uma vista de 380 graus em redor. Por incrível que pareça, do cimo do castelo conseguimos avistar de um lado a península de Troia e do outro o estuário do Tejo, tudo sem sair do mesmo lugar. Venham daí.





Depois de entrar no castelo começa uma viagem no tempo, cada recanto conta uma história 

Ruínas da Igreja de Santa Maria



Praça das Armas


Do cimo do castelo avista-se a Península de Tróia



Ainda do cimo do castelo, mas no lado oposto vemos ao longe o rio Tejo

Do lado esquerdo, podemos ver a Serra de Sintra a quilómetros de distância




Casa Capelo- antiga residência do governador da Fortaleza do Castelo

Igreja de Santiago

Interior da igreja

De volta à vila temos belos exemplos de arquitetura mesmo no centro de Palmela.

Biblioteca municipal de Palmela

Capela de São João Baptista


Espero que tenham ficado com vontade de visitar Palmela e se quiserem conhecer mais pormenores têm aqui o link onde terão acesso a toda a informação.

 Até breve.

24 de dezembro de 2025

Feliz Natal 2025

Passei para desejar a todos um excelente Natal. Como de costume estes dias são passados entre tachos e panelas pelo que não terei muito tempo para estar on, mas não podia deixar de passar por aqui e desejar o melhor Natal. Saúde, paz e amor para todos!


 

15 de dezembro de 2025

Natal em Oeiras

No Natal multiplicam-se os espaços alusivos com barraquinhas e diversões para toda a família. Como gosto imenso desta época, das decorações, das atividades e de todo o ambiente que se vive na quadra natalícia, desta vez fui conhecer o parque de Natal que está instalado nos jardins do Palácio do Marquês de Pombal em Oeiras. 

O centro da vila de Oeiras está todo iluminado e o próprio edifício da câmara convida todos a viverem a experiência de Natal no palácio mesmo em frente e quando entramos nos jardins do Palácio do Marquês de Pombal somos transportados para um mundo de cor e fantasia a que até os adultos não podem ficar indiferentes. Por entre carrosséis, um mini comboio ou instalações para tirar fotografias, vemos várias personagens natalícias e existe até uma área onde foram colocadas barraquinhas de comes e bebes para que nada falta nesta visita tão especial. Há ainda uma tenda onde a horas certas decorrem pequenos espetáculos previamente anunciados.

A fachada do edíficio da Câmara Municipal

No interior dos Jardins do Palácio Marquês de Pombal












Existem também ateliers com várias atividades pensadas para fazer com os mais novos, poderão consultar todo o programa aqui

Por isso já sabem: se estiverem por perto, aproveitem para visitar Oeiras e este espaço onde nos sentimos todos regressar à infância. Se vierem com crianças, tenho a certeza que irão viver uma experiência perfeita para mais tarde recordar.

7 de novembro de 2025

Em Nome do Amor - Review

Este ano li pela primeira vez um livro de Kristin Hannah - podem ver aqui - e fiquei completamente rendida à autora. Voltei à sua escrita recentemente com Em Nome do Amor e devo dizer que não me desiludiu minimamente.


O Livro

Publicado pela primeira vez em 2004 com o título original The Things We Do For Love, conta-nos uma história de amor e superação que começa quando Mikaela Campbell sofre um acidente e fica em coma, tendo a seu lado o marido Liam que tudo fará para que a mulher saia da situação em que se encontra e regresse a casa onde os seus dois filhos a aguardam. A sua dedicação é extrema mas o que Liam não esperava era que uma descoberta do passado viesse a colocar em risco o casamento e a felicidade que sempre sentiu naquele lar construído por ambos. Irá Mikaela despertar do coma e tudo voltar ao normal, ou o futuro estará para sempre comprometido depois da descoberta de Liam?

A Minha Opinião

É uma história muito bonita e bem construída, num livro que se lé rapidamente e com entusiasmo. As pressões, as dúvidas e o compromisso são aqui tratados de uma forma interessante, perante um cenário de incertezas onde as personagens se movimentam e onde as escolhas que fizerem terão o seu preço.

É um livro que aconselho para aqueles momentos em que procuramos um livro com uma boa história acerca das várias facetas do amor.

16 de outubro de 2025

Ferraria de São João

A Serra da Lousã possui uma grande riqueza a vários níveis e um deles são as aldeias que emergem por entre a densidade arbórea do local. Muitas das aldeias fazem parte da rede Aldeias de Xisto, uma iniciativa que pretende dar suporte a uma série de aldeias típicas que fazem parte do nosso património cultural e que estão espalhadas por vários pontos da zona centro do país.

Desta vez fui conhecer a Ferraria de S. João, na freguesia da Cumeeira e concelho de Penela. O nome terá surgido eventualmente a partir da existência de uma área de exploração de ferro associando-se ao nome do Santo da devoção dos habitantes, que surge em outras referências ao longo do povoado. 

Terra de xisto e quartzo, o sobreiro é a árvore por excelência e a entreajuda dos habitantes uma qualidade que deu à aldeia a curiosa característica de ter numa das extremidades uma série de currais onde cada família guardava o seu gado, predominantemente cabras que eram pastoreadas em conjunto e ciclicamente por todos os proprietários.

Nos dias de hoje as casas são essencialmente de segunda habitação, poucos lá moram, mas a essência mantêm-se ao longo das ruas tranquilamente alinhadas.








Por tudo isto aconselho uma visita a esta aldeia e a toda a região, cheia de trilhos para descobrir e percorrer a pé ou de bicicleta. 

Venham daí!

30 de setembro de 2025

Alcaria Ruiva

Por terras do Lince Ibérico e lá longe no Alentejo profundo existem surpresas dignas de reconhecimento.  O verão ia a meio, o que nesta zona representa um calor insuportável, quando cheguei a uma aldeia tipicamente alentejana chamada Alcaria Ruiva. Sede de freguesia pertencente ao concelho de Mértola, é uma daquelas aldeias com casinhas brancas alinhadas em ruas limpas e desertas. Não há certeza quanto à origem do nome. Pensa-se que o termo "alcaria" provém de uma palavra árabe que significa aldeia pequena ou lugar, enquanto "ruiva" seria referente à cor que apresenta durante grande parte do ano. Mas quanto a isso não há certezas.

Alcaria Ruiva

Numa zona mais elevada ergue-se a igreja, pequena em tamanho mas com o charme típico do que é verdadeiro.




Em Alcaria Ruiva podemos encontrar os genuínos pratos alentejanos em alguns restaurantes acolhedores, que nos permitem saborear a excelente cozinha tradicional da região. 



Para entradas foi servido o tradicional pão de Mértola, o chouriço caseiro e o toucinho da região, experimentei o Cozido de Grão que estava simplesmente delicioso.

Depois do almoço subi ao ponto mais alto do concelho de Mértola: a serra de Alcaria Ruiva tem uma altitude de 370 metros e lá de cima consegue-se avistar a imensidão da planície alentejana que se transforma ao longo do ano. No verão os campos são maioritariamente amarelos e a paisagem a perder de vista revela a riqueza do montado da região.



Tão bom agora que chegou o Outono, podermos recordar dias felizes de verão.