O Homem de Giz

Acabei de ler um triller que quando saiu fez correr muita gente para as livrarias. O Homem de Giz é o primeiro livro da escritora inglesa C.J. Tudor, que não podia ter começado de melhor maneira.

Nascida em Inglaterra no ano de 1972, desde muito cedo mostrou interesse pela leitura e escrita, sendo Stephen King e James Herbert dois dos seus escritores favoritos. Teve múltiplos empregos mas de alguma forma manteve-se sempre ligada às letras, começando pelo seu estágio num jornal, passando pela rádio onde escreveu textos ou televisão onde chegou a ser apresentadora. Pelo meio teve outros empregos enquanto não surgia a sua grande oportunidade.

Entretanto também constituiu família e hoje vive em Sussex com o marido e a filha e faz o que mais gosta: escrever.

O Livro

No original The Chalk Man, em Portugal recebeu o nome de O Homem de Giz e chegou às livrarias no inicio de 2018, tendo sido muito bem recebido pelo público.

"Toda a gente tem segredos"

1986, Eddie Munster, Gav Gordo, Metal Mickey, Hoppo e Nicky são cinco amigos de doze anos que estão sempre juntos e partilham os seus dias na pacata cidade de Anderbury. Mas nesse Verão as coisas vão mudar quando uma série de acontecimentos sinistros põe em causa o relacionamento entre eles. Uma comunicação com desenhos de bonecos a giz transforma-se em algo mais complexo e sem explicação que poderá revelar muito mais do que uma brincadeira. Trinta anos passam entretanto e muitas situações ficaram por esclarecer, as amizades desfizeram-se e hoje Eddie é um professor solitário de 42 anos que nunca conseguiu encontrar as respostas certas para tantas dúvidas. Até surgirem novamente questões que o farão recuar no tempo e procurar resolver o que ficou para trás.

A história é contada alternadamente entre os anos de 1986 e 2016 e cada capítulo acrescenta um pouco mais de mistério a toda a trama.

A Minha Opinião

Foi um livro que li muito rapidamente, movida pela curiosidade e pela escrita fluída e inteligente da autora. Tem mortes e algumas discrições mais arrepiantes mas também tem uma certa ironia nas palavras da escritora, bem ao estilo britânico. Os bonecos desenhados a giz são só uma parte do mistério, pois muito mais terá que ser resolvido, o que deixa o leitor em suspenso até à última página, numa história cheia de reviravoltas.

Gostei tanto deste livro que vou procurar ler todos os outros da autora e se gostarem também de um triller com bastante mistério, reviravoltas e amizades nos anos 80, este é o vosso livro.