O calor convida a passear, espreguiçar ao sol, respirar...
Caminhar descalça sobre a relva aparada liberta-nos do stress, renova energias.
E parada no Parque dos Poetas, relembro um em especial: Eugénio de Andrade. Dos poemas mais belos surge então:
Os amigos
Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.
Eugénio de Andrade
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