Pertence ao concelho da Guarda e é sede de município. Está incluída na rede Aldeias Históricas de Portugal mas atualmente já é vila. Hoje falo de Almeida, a bonita localidade cuja missão de assegurar a proteção das fronteiras portuguesas foi cumprida ao longo de vários séculos.
Situada num planalto, toda a zona já seria habitada desde épocas remotas, sendo sucessivamente ocupada pelos vários povos que habitaram a região. Até que chegada à idade média, Portugal e o Reino de Leão disputaram-na , tendo esta zona sido pertence ora de um, ora de outro reino até o Tratado de Alcanizes em 1297 vir regulamentar a situação.
D. Dinis concedeu-lhe foral em 1296 estabelecendo Almeida como uma das mais importantes praças defensivas do país. É, aliás, o caracter defensivo de Almeida que a fez evoluir em tamanho e importância. Para além da fase do expansão e definição das fronteiras portuguesas, teve também um papel ativo no combate à invasão das tropas de Napoleão. Aliás, Almeida só deixou definitivamente de ter qualquer vínculo militar quando em 1927 foi retirado o último esquadrão de cavalaria.
Hoje, Almeida é uma bonita e tranquila vila, com muitos visitantes e ponto de passagem de muitos portugueses, uma vez que a fronteira de Vilar Formoso fica nas proximidades. Toda a vila mantêm o seu aspeto defensivo, proporcionado pelas muralhas que vistas de cima formam uma estrela cuja construção data do séc. XVII. Outra característica curiosa são as duas entradas intercaladas por uma zona de fosso, que hoje em dia tão são um dos ex-libris da vila.
Há também um museu instalado nas Casamatas, uma área protegida dentro das muralhas e que serviu de refugiu aos habitantes em épocas mais conturbadas.
Mas comecemos a visita seguindo pela estrada que atravessa o rio Côa onde a natureza revela formas e cores e só se ouve o correr das águas.
Igreja matriz |