6 de julho de 2025

Olhão

Faz parte do distrito de Faro e é sede municipal. Olhão, cidade algarvia e terra de pescadores, é banhada pelo oceano e está integrada no Parque Natural da Ria Formosa.

Não há consenso quanto à origem do seu nome: para uns deriva de um nome árabe e vem da época em que povos do norte de África viveram ali, mas para outros o nome surgiu justamente por ser uma área com um olho de água abundante, algo que era estimado numa zona onde curiosamente a água pronta para consumo rareava. Aliás o termo "olhos de água" é uma designação corrente atribuída à zona onde as águas brotam, contribuindo para o engrossamento dos caudais.

À semelhança de muitas terras algarvias à beira mar, também a cidade se desenvolveu com a vinda de veraneantes que descobriram nestas águas calmas e mornas um destino ideal de férias. Mas Olhão tem muito mais para oferecer e é isso que hoje tento mostrar numa pequena seleção de imagens.

Uma das entradas é a famosa Rotunda do Cavalo Marinho, homenagem à ria que abriga várias espécies, mas o ex-libris da cidade é o seu mercado tão característico que é um dos postais de Olhão, mesmo ali ao lado da marina. 

Uma volta a pé permite apreciar tudo calmamente.

Rotunda do Cavalo Marinho
Rotunda do Cavalo Marinho

Mercado de Olhão



Olhão
Jardim Pescador Olhanense



Olhão foi durante muitos séculos terra de gente humilde e muitas vezes esquecida, mas ainda assim foi crescendo e como acontece em todos os lugares, haveriam de ser erguidas igrejas e capelas como forma de devoção dos seus habitantes e que hoje fazem parte do património cultural, a par de alguns edifícios centenários. 
Assim, chegados à Praça da Restauração temos de um lado o Museu Municipal de Olhão instalado na antiga Casa do Compromisso Marítimo, edifício datado dos finais do séc. XVIII. Na praça ergue-se o Padrão aos Heróis da Restauração e do lado oposto ao edifício do Museu encontramos a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Nas traseiras temos a Capela do Senhor dos Aflitos, virada para a Av. da Republica de onde partimos novamente à descoberta da cidade.

Olhão
Museu Municipal de Olhão

Olhão
Igreja Matriz

Olhão
Capela do Senhor dos Aflitos

Olhão é uma cidade cheia de mitos e lendas, o polo do turismo decidiu explorar essa via e criou para o efeito o "Caminho das Lendas", um roteiro que interliga praças e largos do centro histórico, onda cada lenda tem uma representação associada o que permite ao visitante conhecer um pouco da tradição oral da região. 

Olhão
Lenda de Floripes

Olhão

E depois desta voltinha por mais um recanto do Algarve, espero ter despertado a curiosidade de todos aqueles que ainda não visitaram Olhão. Aos que conhecem a cidade, o que acham que não se pode mesmo perder? Deixem a vossa opinião na caixa de comentários.


2 de julho de 2025

Fuzeta

Pequena vila de pescadores no sotavento algarvio, na origem do nome terá estado o facto de ali desaguar um pequeno rio e assim "fuzeta" seria uma espécie de diminutivo de foz. É um daqueles lugares paradisíacos do Algarve, banhado pela Ria Formosa cuja calmaria das suas águas passou a atrair milhares de turistas anualmente. Administrativamente pertence ao município de Olhão e começou por ser um lugar de pesca, apenas povoado por cabanas onde os pescadores guardavam os materiais. A pouco e pouco foram-se deslocando e habitando permanentemente o lugar o que lhe terá dado maior destaque. 

Hoje é um local de férias muito afamado, para todos aqueles que gostam do lado mais genuíno do Algarve, ponto de partida para conhecer por exemplo a Ilha da Armona em plena Ria Formosa ou saborear o peixe, prato principal dos restaurantes da zona.

É impossível ficar indiferente à cor destas águas:













Vai um mergulho?


23 de junho de 2025

S. Martinho do Porto

S. Martinho do Porto, sede de freguesia, pertence ao município de Alcobaça e tem uma das mais interessantes praias do país.

Conhecida pelo seu formato em concha, as suas águas são frias mas tranquilas, pelo que se tornou um lugar de veraneio muito apreciado pelas famílias que gostam da tranquilidade do local.

Passei por lá já no final da tarde, num dia de pouco sol, mas ainda assim com uma luz muito especial que mostrou porque é que a praia de São Martinho do Porto é um lugar onde apetece regressar sempre.
















Não sei se já conheciam esta praia, talvez até já lá tenham estado de férias, sendo que a oferta hoteleira é cada vez maior, contem-me tudo nos comentários.

12 de junho de 2025

Loulé

É uma cidade algarvia, sede de concelho e dista cerca de 30 quilómetros do mar, mas isso nunca impediu Loulé de ser uma localidade próspera ao longo dos tempos. Existem registos da presença humana até mesmo no paleolítico, tendo sido sempre uma região muito procurada desde a vinda de povos do mediterrânio, nomeadamente Fenícios e Cartagineses, até à presença dos Romanos no Séc. II A.C. Mais tarde, já no séc. VII seria ocupada pelos Muçulmanos até à sua expulsão, depois das tropas de D. Afonso III conquistarem o castelo de Loulé. Corria o ano de 1249.

Hoje, Loulé é uma cidade movimentada e com muito para visitar e nada melhor que começar pelo Museu Municipal de Loulé para ficar a saber um pouco mais sobre o lugar. A sede do museu funciona num edifício que terá sido a alcaidaria, preservando-se o aspeto original da casa centenária.








Dali passamos para o Polo Museológico da Cozinha Tradicional cuja saída dá acesso diretamente ao castelo. 




Em frente ao castelo encontramos a pequena Capela de Nossa Senhora da Conceição, datada do séc. XVII possui um interior riquíssimo que vale mesmo uma visita.


Há que estar atento pois a cidade tem pormenores dignos de registo a cada passo. Um exemplo disso é o Fontanário das Bicas Velhas 

Mas o ex-libris da cidade é sem dúvida o seu mercado. Projetado pelo arquiteto Mota Gomes em finais do séc. XIX com inspiração neo-árabe  e adoção do conceito de Arte Nova tão presente à época. Foi sem dúvida, o projeto mais ambicioso para Loulé, cujos custos elevados obrigaram a uma redução da estrutura, para poder vir a ser inaugurado em 1908. Contudo, a ideia inicial não ficou esquecida e em 2007, após três anos de reconstrução, a população viu finalmente o projeto inicial ganhar vida.




E assim foi um dia passado em Loulé. O entardecer lembrava-nos que era hora de regressar e fizemo-nos à estrada acompanhados por um belo por do sol.