Lamento de Uma América em Ruínas

Este é um daqueles filmes que passam um pouco despercebidos quando são lançados na Netflix mas que vale bem a pena dar uma oportunidade, pela ótima história e pelas interpretações excecionais  (como é que só agora o vi?). Trata-se de Lamento de Uma América em Ruínas, no original Hillbilly Elegy e que no Brasil recebeu o título de Era Uma Vez um Sonho.

O filme tem um caracter intimista, focando na trajetória de J.D. um jovem proveniente de uma família monoparental, com fracos recursos económicos e que tenta ascender numa sociedade que não se compadece com os mais fracos. A história da personagem principal é contada recorrendo a flashbacks de maneira a que consigamos compreender as suas lutas internas e os percalços da infância/adolescência até à atualidade, no momento em que termina o curso e se esforça por conseguir um lugar promissor no mercado de trabalho.

No filme é mostrado como os conflitos entre os membros de uma família, provocados por vícios e confrontos de caracter conseguem, apesar de tudo, ser superados com base numa ligação forte e no desejo de manter unida aquela que é a célula da sociedade. Diz-nos também que não podemos deixar que o nosso futuro seja moldado pelas dificuldades sofridas e que nos cabe a tarefa de fazer escolhas e tentar superar as adversidades.

Lamento de Uma América em Ruínas estreou em 2020, foi realizado por  Ron Howard e tem como atores principais  Gleen Close (indicada para o Óscar de melhor atriz secundária),  Amy Adams e Gabriel Basso. É uma adaptação do livro autobiográfico Hillbilly Elegy de J.D. Vance.

É um filme para se ver num ambiente sereno, que nos faz refletir sobre as nossas próprias tomadas de decisão.